CUIDADOS FUNDAMENTAIS NA REINSTALAÇÃO DO MOTOR RETIFICADO
0.0 - Na reinstalação de um motor retificado, é obrigatório a avaliação dos sistemas que compõem o motor, pois da funcionalidade deles depende a vida útil e performance do mesmo. Como está sendo reinstalado no equipamento uma unidade de potência nas mesmas condições de um motor novo, deve-se verificar os sistemas vitais destes periféricos que colaboram para um funcionamento perfeito e eficiente do motor retificado. Seguir cuidadosamente o abaixo descrito. Caso estas instruções não sejam respeitadas, o motor não terá garantia e provavelmente não funcionará adequadamente.
1 - Sistema de Admissão de Ar
1.1 - Para o motor diesel, gasolina, álcool ou gás funcionar de acordo, é de vital importância: "ar limpo e em quantidade certa" portanto a verificação no sistema de admissão de ar é primordial. Nesta área, temos constado vários casos de entrada de abrasivos pela inoperância do sistema de filtragem de ar, estes abrasivos provocam o desgaste prematuro dos anéis de segmento, canaletas dos pistões, camisas dos cilindros, guias, sedes e válvulas, obrigando-se a desmontar o motor para repará-lo. Estes casos não são cobertos pela garantia, e são classificados como "Deficiência de Manutenção" poucos minutos de funcionamento com um elemento do filtro de ar rompido, uma mangueira rasgada, ou uma braçadeira solta, é o bastante para causar danos de grandes proporções ao motor.
É FUNDAMENTAL NA REINSTALAÇÃO DO MOTOR RETIFICADO A INSPEÇÃO COMPLETA DO SISTEMA CONFORME SEGUE ABAIXO:
1.2 - Lavar a carcaça do filtro e verificar se existe trincas ou amassados, inspecionar as vedações se estão de acordo, substituir o elemento filtrante de papel nos filtros "tipo seco" ou nos filtros "banho de óleo", lavar a carcaça do filtro com um desengraxante e substituir o óleo, respeitando o nível máximo, utilizando o óleo lubrificante recomendado para o motor. Examinar se o elemento filtrante (tela de metal/fibra vegetal) não está compactado ou rompido; caso constate problema, substituir. Procurando sempre adotar os equipamentos com filtros "tipo seco", pelo motivo de apresentar maior eficiência e mais segurança para o equipamento.
1.3 - Limpar e verificar todas as conexões, tubulações, mangueiras e braçadeiras de todo o conjunto filtrante; em caso de dúvida, substituir as que não apresentarem boa conservação.
1.4 - Verificar o funcionamento do indicador de restrição, se houver
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1.5 - Limpar ou substituir o filtro de ar do compressor; (em motores equipados com compressores de ar), que tiver filtro independente.
1.6 - Servo-Freio - Verificar a mangueira de vácuo se está bem acoplada, ou se o diafragma do Servo-Freio não está furado, quando positivo, regularizar. Caso contrário ocorrera entrada de abrasivos no interior do motor.
1.7 - Freio a Ar - Nos veículos com freio a ar, é necessário a regulagem da pressão do reservatório dos freios, pois mesmo, com excesso de pressão ocasionará a quebra do comando de válvulas, quando este depende do acionamento do mesmo. E quebra do virabrequim quando o compressor for do tipo convencional para motores diesel. Inspecione criteriosamente o motor e o sistema de ar comprimido/ compressor.
2 - Sistema de Alimentação de combustível
2.1 - O combustível é básico no funcionamento do motor seja ele à diesel, gasolina, álcool ou gás. Portanto deve chegar ao cilindro livre de impurezas, na quantidade certa e no tempo exato. A quantidade de combustível que vai circular pelo sistema vai depender da limpeza, inspeção dos componentes e manutenção diária. Quando da reinstalação do motor retificado, deve ser efetuado uma verificação completa nesse sistema.
2.2 - Lavar o tanque, drenando todo o combustível e verificar se não existe a presença de água e oxidação (ferrugem) no seu interior. O óleo diesel é um combustível que deteriora, por isso deve ser adquirido em locais conhecidos e de grande rotatividade. Deve ser armazenado corretamente e filtrado durante o abastecimento. Deve obedecer as especificações técnicas estabelecidas. Procure sempre um posto idôneo, de sua confiança. Pois no caso do diesel, há uma sedimentação de acúmulo de lodo e quando o veículo se movimenta, o lodo se mistura ao combustível, sendo levado aos filtros, que serão saturados rapidamente, provocando mistura pobre, falta de potência e super aquecimento do motor. Verificar o estado da tampa e se o respiro não está obstruído, inspecionar o funcionamento da bóia.
2.3 - Caso não seja possível a operação 2.2, proceder da seguinte forma: com a tampa aberta, lavar e passar ar comprimido na tubulação de baixa pressão da entrada da bomba alimentadora até o tanque, inclusive na tubulação de retorno dos injetores e carburadores.
2.4 - Examinar o funcionamento da bomba alimentadora, havendo vazamentos ou deficiência na capacidade de sucção, substituir. Em outros casos, se a bomba tiver condições de ser reutilizada, remova a tabela filtrante da entrada de combustível e limpe-a.
2.5 - Lavar o conjunto do acondicionamento dos filtros de combustível, substituindo os elementos filtrantes de papel por peças de boa qualidade; no caso de gasolina e álcool, substituir por novos. O combustível limpo, maior vida útil do sistema de injeção e carburação.
2.6 - Verifique o funcionamento do indicador do nível de combustível do painel do veículo.
3 - Sistema de Lubrificação
O óleo lubrificante utilizado no motor deve ser adequado e limpo, portanto antes de funcioná-lo, deve ser inspecionado o sistema por completo:
3.1 - Motores equipados com resfriador ou radiador de óleo devem continuar utilizando os mesmos e, em hipótese alguma podem funcionar sem esses equipamentos sob pena ter a garantia anulada, além de ocasionar o aumento da temperatura do óleo lubrificante, causando deficiência de lubrificação e provocando danos ao motor. É obrigatório a limpeza do resfriador ou radiador antes da montagem no motor retificado. Caso esse elemento não sofram uma limpeza adequada, o motor poderá fundir.
3.2 - A troca do filtro de óleo lubrificante deve se dar juntamente com a troca do óleo lubrificante do motor, já que ambos atendem o mesmo período de eficiência. Na substituição, deverá ser utilizado um filtro de qualidade comprovada e adequado ao tipo de motor.
3.3 - O óleo lubrificante a ser utilizado no motor deve atender as especificações do fabricante. Sua troca deve seguir as recomendações contidas nos manuais de serviços dos motores. Convém salientar que os motores retificados saem sem óleo lubrificante no cárter.
3.4 - Verifique o funcionamento do manômetro de pressão do óleo, no painel de instrumento ou luz de espia. Certifique-se a indicação está correta.
4 - Sistema de Arrefecimento
O motor de combustão interna é uma térmica, portanto o controle da temperatura é a função principal. O sistema de arrefecimento ou refrigeração é responsável pelo funcionamento do motor na faixa ideal de trabalho, por isso, antes da reinstalação do motor retificado, é obrigatório a revisão do sistema.
4.1 - Lavar o radiador internamente e extremamente verificar se não há vazamentos, utilizando o equipamento de teste de pressurização. Verificar se não existe aletas amassadas, em caso de problemas, reparar ou substituir o radiador. Avaliar a tampa do radiador quanto a vedação, pressão de abertura e retenção (pressão indicada na parte superior da tampa), com o equipamento de teste de pressurização. Em caso de dúvidas, substituir a tampa do radiador.
4.2 - Verificar o ventilador quanto a deformação das pás ou trincas. Constatando problemas, substituir. Jamais utilizar um ventilador reparado (soldado ou desentortado), pois o mesmo poderá provocar vibração intensa e chegar ao extremo da quebra do virabrequim.
4.3 - É imprescindível a saia ou avental de proteção do ventilador, pois exerce a função de evitar o retorno do ar quente que vem do motor, e forçar a passagem do ar frio pela colmeia e aletas, fazendo o radiador cumprir sua função.
4.4 - Substituir as mangueiras do radiador (inferior e superior) bem como as braçadeiras. Observar quando acelerar o motor, se as mesmas contraem-se fechando a passagem d'água, que poderá provocar deficiência na refrigeração do motor.
4.5 - Abastecer o sistema de arrefecimento com água limpa, e aplicar o aditivo conforme manual para evitar oxidação (ferrugem) do bloco que, causa entupimento do radiador provocando o mal funcionamento da válvula de pressurização e sucção existente na tampa do radiador.
4.6 - No caso de motores com sistema selado, lavar o reservatório suplementar, se ainda assim houver dificuldade de visualizar o nível d'água através da transparência do recipiente, o mesmo deverá ser trocado, pois este sistema não permite a remoção da tampa para visualizar o nível d'água.
4.7 - Verificar o funcionamento do termômetro no painel de instrumentos ou da luz espia. Instalação cuidadosa, vida longa para o motor, indicador de temperatura é uma ferramenta de vital importância para o motorista acompanhar o aquecimento do motor, portanto temos que certificar que o mesmo está marcando corretamente.
4.8 - Nunca remover a válvula termostática. Ela é responsável pelo equilíbrio das temperaturas do motor e pela queima homogênea do combustível na câmara de combustão, como também evita o choque térmico que leva até o engripamento dos pistões, etc.
4.9 - Bulbo do Radiador - limpar e testar para ter certeza que ao passar da temperatura máxima recomendada pelo fabricante, a ventuinha de refrigeração atue corretamente evitando o super aquecimento do motor.
4.10 - É muito importante proceder a sangria do sistema, evitando que o ar fique ocupando espaço que deveria ser da água de refrigeração.
5 - Sistema Elétrico
5.1 - Inspecionar o nível e carga da bateria, limpe os bornes, os terminais e os cabos.
DICA: Recortar arruelas de espuma com espessura de 10mm e embeber no óleo. Instalar entre a bateria e o terminal, assim evitará oxidação.
5.2 - Verificar o motor de partida, verificando qualquer problema, reparar ou substituir. Jamais faça o motor pegar no tranco, pois se o mesmo estiver com calço hidráulico por combustível ou vazamento de água no interior do motor, faze-lo pegar no tranco, poderá empenar biela ou implodir o cilindro ou pistão, ou ainda provocar quebra do eixo do virabrequim.
5.3 - Instalar a vela aquecedora, e verificar o funcionamento da mesma. Checar a resistência elétrica e a válvula de retenção, se houver passagem de combustível quando a vela aquecedora for acionada, a mesma deverá ser substituída. Obs.: Este item refere-se a motores diesel de modelos mais antigos nos motores com injeção indireta, necessita que as velas aquecedoras garantam uma perfeita combustão nas antecâmaras. Certifique-se de que todas estejam operantes.
5.4 - Verificar e testar o sistema de carga (alternador e regulador). Se carregar acima do limite pode danificar a bateria e outros componentes do sistema, caso não carregue o suficiente, a bateria provavelmente não terá corrente suficiente para a partida.
5.5 - Verificar o funcionamento do amperímetro, ou da luz espia do painel.
5.6 - Substituir a correia dentada da distribuição. Quando o motor não estiver montado por completo, verificar o desgaste das engrenagens, em caso dúvida, substituir. O mesmo procedimento deverá ser tomado com o rolamento do esticador. Verificar se a correia da bomba d'água está em condições de uso, caso negativo, substituir.
5.7 - Correias patinando por falta de tensão, como também com excesso de tensão, são situações prejudiciais, pois danificam os rolamentos da bomba d'água, alternador, bomba hidráulica e compressor do ar condicionado.
5.8 - Utilizar sempre ferramentas especiais (dinamômetro manual) para medir e para dar a tensão correta nas correias, evitando assim a pressão ou alavanca em demasia na ponta do eixo do virabrequim, podendo até acarretar a quebra do mesmo.
5.9 - Polias - observar o alinhamento perfeito, a profundidade do desgaste da canaleta onde trabalha a correia, não estando em boas condições de uso substitua-as, evitando a quebra do virabrequim pela vibração e desbalanceamento.
NA DESMONTAGEM DOS SISTEMAS QUE COMPÕEM O MOTOR. NÃO DESTRUA EVIDÊNCIAS QUE POSSAM SER RESPONSÁVEIS PELA FALHA DO MESMO "MOSTRE AS AO USUÁRIO".
6 - Itens que merecem muita atenção em sua aplicação
6.1 - Verificar o alinhamento da carcaça do volante ou placa adaptadora (instruções no manual de serviço do motor). Atenção: limpar uniformemente o apoio do volante na base do eixo, quando não existir a trava especial dos parafusos. Aplicar trava médio torque (LOCTITE) no parafuso de fixação e, dar torque conforme instrução do fabricante e reconfirmar pelo menos 2X o torque. Após aplicar base magnética no bloco ou cabeçote do motor, dirigir o relógio comparador na face retificada da região onde vai trabalhar a fricção. Para conferir o perfeito alinhamento, girar o motor (sem as velas ou bicos injetores), no sentido de rotação com a mão através de uma manivela fixada na polia do motor, caso esteja empenado, causará vibração e desbalanceamento no virabrequim que com certeza levará a quebra do mesmo. Portanto deverá ser feito o alinhamento do mesmo com muito critério.
6.2 - Efetuar a correção de alinhamento do volante do motor até que o mesmo fique com empenamento 0.00. (instruções no manual de serviço do motor).
6.3 - Examinar o sistema de escape, procurando por possíveis restrições: tubo amassado, diâmetro inferior, curva acentuada, em relação ao catalisador entupido ou danificado, substitua por novo caso equipado com freio motor, verificar posição neutra e acionada, para confirmar se está comandando.
6.4 - Verificar os controles e comandos do acelerador e afogador nos motores a gasolina, álcool, gás e diesel. Inclusive estrangulador da bomba injetora, quanto ao curso posicionamento, etc.
6.5 - Coxins motor e cambio - verificar a conservação dos mesmos, pois, estando muito elástico ou trincados, provocam trepidação idêntica a de fricção danificada, ao substituir os coxins faca de preferência por originais, a borracha de má qualidade (dura) transmite o ruído do motor para o chassi.
6.6 - É imprescindível a realização da manutenção preventiva diária, ela é a garantia de poder detectar eventuais problemas a tempo antes de causar danos mais graves ao motor, reduzindo o custo operacional do equipamento, evitando tempo de máquina parada. Contribuindo para aumentar a vida útil e a eficiência do equipamento.
6.7 - Não esquecer de montar o cárter da carcaça do volante, pois, sem ele ocorrerão danos no conjunto de embreagens e motor de partida, ocasionado por entrada de abrasivos, bem como choque térmico quando o veículo trafegar por poça d'água, a mesma atingirá diretamente a fricção.
7 - Fricção
É DE FUNDAMENTAL IMPORTÂNCIA QUANDO FOR REINSTALAR O MOTOR:
7.1 - Que se substitua platô, disco, rolamento, pois, uma fricção que trabalhou em um volante ovalizado provavelmente tomou a forma dos desgastes, e quando reinstalada em um volante retificado é bem provável que a mesma venha trepidar, patinar ou mesmo endurecer o pedal de embreagem.
7.2 - Fricção trepidando- além de provocar danos na transmissão e cambio, com a vibração provoca inclusive a quebra do eixo do virabrequim.
7.3 - Fricção patinando- ao deslizar em falso, leva ao super aquecimento do volante, somando com a temperatura do motor, provoca rapidamente o ressecamento do retentor ou gaxeta que provavelmente começa um processo de vazamento de óleo do motor pelo mancal traseiro, indo mais além, o excesso de calor pode, ainda danificar as bronzinas mais próximas desta irradiação de calor.
7.4 - Pedal de desempenho pesado, normalmente é provocado pela nova posição de altura do acasalamento anterior com o novo volante. Com os desgastes provocados pelo encosto do rolamento faz com que os gafanhotos ou colar do chapéu chinês perca a articulação ideal, todo o excesso de pressão no desembreio, provoca uma pressão excessiva na bronzina de encosto, causando o desgaste precoce da mesma e da flange do virabrequim.
7.5 - O comprimento do eixo piloto é sempre importante , por isso, faça a medição da profundidade que adentra a ponta do eixo piloto na bucha, ou rolamento que esta acoplado á flange do eixo do virabrequim, se o piloto estiver muito longo, forçará o virabrequim para a frente, deixando o mesmo sem folga axial, danificando assim as arruelas ou bronzinas e a flange do virabrequim , e até mesmo ao conjunto da caixa de câmbio ou o conversor quando automático.
7.6 - Na instalação do novo conjunto de fricção é importante ter cuidados básicos.
7.7 - Aplicar uma pequena quantidade de graxa na bucha ou rolamento que apoia a ponta do eixo do entalhado - ( piloto).
7.8 - Instalar o disco sempre com ajuda de um eixo piloto do mesmo veiculo, para garantir a centralização do mesmo.
7.9 - Apertar os parafusos sempre por igual para evitar o empenamento do platô.
7.10 - Observar pressão do platô e disco, bem como a altura das alavancas gafanhotos ou colar de apoio do rolamento da fricção.
7.11 - O motor deve ser bem alinhado ao ser lançado em seu compartimento, para não sofrer esforço excessivo ao encaixa-lo no câmbio.
7.12 - Não observando estes cuidados, poderá provocar empenamento no disco de fricção e posteriormente não ficara desembreado por completo o sistema e, terá dificuldade nas trocas de marchas, passando até mesmo a arranhá-las. A regulagem da altura da fricção é de vital importância para durabilidade do conjunto. Verificar as articulações, cabo, pedais, etc. Quanto ao estado de conservação e necessidade de lubrificação.
8 - Carburação, Distribuição, Injeção Eletrônica, Carburação a Gás ou Bomba Injetora.
8.1 - O ponto inicial do distribuidor ou bomba injetora é de vital importância no bom desempenho e vida do motor, deve-se portanto sincronizá-lo com lâmpada de ponto com leitura de avanço, respeitando sempre o manual do fabricante e tabela de cada tipo de motor.
8.2 - Distribuidor - sistema de injeção e carburação que será reinstalado no motor retificado, deverá ter sido cuidadosamente recondicionado, de acordo com a especificação ao manual do fabricante. No caso desses sistemas não tiverem condições para um recondicionamento seguro e perfeito, substitua-os por novos.
8.3 - Carburação a gás - prestar atenção na posição do bico injetor é de suma importância para um bom desempenho do motor. Conectar e fixar cuidadosamente todas as mangueiras e parte elétrica de acordo com o manual de procedimento de cada kit. Não tendo habilidade para esse serviço, recorra a uma oficina especializada.
8.4 - Velas e Bobinas - certificar e consultar o manual do veiculo, sua correta aplicação e, antes de instalar as velas verificar se a abertura está correta e aplique graxa a base de grafite na rosca para evitar o engripamento, quando no futuro for necessário retirá-las.
8.5 - Cabo de velas - certifique-se que os mesmos quando supressivos não estão com resistência ou interrompidos causando mau funcionamento do motor.
8.6 - Inspecionar o funcionamento do painel do veiculo; conta giro/horímetro ou velocímetro/ hodômetro, anotar as horas ou quilometragem de reinstalação do motor para que seja possível preencher o certificado de garantia e aviso do motor reinstalado. O não preenchimento destes documentos e a não realização da primeira revisão obrigatória de entrega, a qual determina a quilometragem ou horímetro para serem efetuadas as revisões e manutenções devidas, o motor perderá a garantia.
9 - Entrega do Veiculo com Motor Retificado já Reinstalado
É de vital importância qual ao entregar o motor retificado já instalado ao cliente ou operador que sejam orientados a adquirirem o hábito de sempre pela manha, antes de por o motor em funcionamento, observar os itens a seguir:
9.1 - Verificar cuidadosamente o nível do óleo, pois, o motor novo ou retificado tem a tendência de baixar o nível, repor sempre da mesma marca e viscosidade; verificar cuidadosamente sua coloração.
9.2 - Observar se o óleo está sem viscosidade e acima do nível, pois, poderá estar sendo contaminado com combustível, caso aconteça, recorrer a assistência técnica para averiguar e corrigir a pane.
9.3 - Se o óleo estiver com cor leitosa e acima do nível, provavelmente o mesmo está sendo contaminado com água de refrigeração ou diafragma da bomba alimentadora furada (caso de veiculo a álcool).
9.4 - Consumo em demais de óleo lubrificante, significa queima excessiva. Em motor 4 cilindros gasolina, álcool ou gás, é normal gastar um litro a cada 1000 km rodados, conforme manual do fabricante. E nos estacionários um litro a cada 10 hrs, ou um litro de óleo a cada 100 litros de combustível.
9.5 - Em motores 6 cil gasolina, álcool ou gás, é normal gastar até 1.5 lt a cada 1000 km rodados, e nos estacionários até 1.5 lts a cada 10 horas, ou 1lt de óleo a cada 100 lts de combustível.
9.6 - Em motores diesel 6 cil até 3 lts a cada 1000 km rodados, ou 1 lts de óleo a cada 100 litros de combustível .
9.7 - Verificar diariamente o nível da água do reservatório auxiliar do radiador, quando o mesmo for sistema selado. No caso do radiador convencional, retirar a tampa e verificar a borracha de vedação da mesma se está perfeita e se a válvula existente na tampa não está enferrujada. Verificar a existência do óleo lubrificante misturando com água do radiador, examinar visualmente se não ha vazamento nas mangueiras da água ou filtro de ar solto, ou vazamento de combustível, etc. Isto no caso com o motor frio, preferência sempre pela manhã, antes da primeira partida.
9.8 -Verificar vestígios de gotejamento de água e óleo no chão, quando remover o veiculo que pernoitou em estacionamento ou garagem.
9.9 - Examinar constantemente todos os instrumentos do painel se estão funcionando adequadamente, caso algo saia fora das faixas normais de funcionamento, pare imediatamente e leve a assistência técnica. Caso constatar a quebra de alguma das correias, jamais insista em chegar até um posto de gasolina, pare na hora.
9.10 - Atenção jamais abra a tampa do radiador com o motor quente, e muito menos adicione água, quando o mesmo estiver super aquecido. Aguarde no mínimo 1 uma hora para recolocar água e fazer com o motor funcionando em marcha lenta.
9.11 - Quando notar qualquer anomalia relacionado conforme os itens 7 a 10 entre em contato por telefone com nossa assistência técnica para ser instruído no procedimento para não interromper ou mesmo perder a garantia do motor.
9.12 - O motor retificado pela RETÍFICA associada ao CONAREM,é munido de um selo termômetro (telatemp) que acusará e permanecerá nele registrado a temperatura que o motor porventura chegou, observando para que o mesmo não trabalhe acima de 95 c graus centígrados.
9.13 - Lembrar ao cliente que o mesmo deverá fazer cumprir as revisões obrigatórias, dentro do período de garantia, porém, não o fazendo extinguirá seus direitos automaticamente